Caminhos de Portinari
Nesta semana, resolvemos ir até Brodowski - SP e refazer um trajeto que já havíamos feito no passado... e feito com alguma dificuldade. É interessante observar que, apesar de já terem se passado 06 anos da primeira vez que fizemos este caminho (portanto, estamos 06 anos mais velhos), agora ele nos pareceu muito fácil, tendo em vista que aquela subida antes nos parecia um pouco difícil. Foi tranquilo, mesmo contando que no dia estava um calor infernal e que, apesar de estarmos em fevereiro, a umidade do ar está baixa, dificultando a nossa caminhada.
A ida a Brodowski é interessante, pois, além do mais, é um passeio também cultural porque a gente sempre faz uma visita ao Museu Casa de Portinari (http://museucasadeportinari.org.br/). Apesar de já termos visto o Museu mais de uma vez, a gente sempre tem alguma surpresa com uma nova visita. Tem que lembrar que, nesse momento, o Museu passa por uma restauração, devendo ser reaberto em abril de 2014.
Conforme nossa programação, saímos de Ribeirão Preto-SP às 06:00 horas da manhã e chegamos em Brodowski-SP, em frente ao Museu, por volta das 06:45.
Iniciamos nossa caminhada ou nossa marcação com GPS em frente ao Museu de Portinari. Como o local está cheio de placas e tudo mais, tiramos nossa foto com os peregrinos em frente à Igreja Santo Antonio. Nela tem uma obra do Portinari (retratando Santo Antonio), que, de acordo com o termo de doação, de 1942, ela não pode sair da Capela.
Na nossa rota programada, a gente iria descer pela Rua Vereador Jose Sabino indo até a Rua Corifeu de Azevedo Marques. Ali, a gente iria vira para a direita e seguir até a Av. Rebouças, onde a gente tomaria a esquerda e caminharia até uma pequena rotatória. A partir daí, virada para a direita, onde a gente pegaria uma estrada de terra.
Acontece que eu fiquei tão empolgado com alguns grafites no muro do Cemitério que erramos o caminho. Quando o pessoal finalmente conseguiu que eu os ouvisse, a gente já tinha contornado todo o muro e tirado dezenas de fotos dos grafites. Então é interessante iniciar o caminho por ali. Deixei no Wikiloc (http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=6111182) como fizemos. Compensa ver os grafites.
Lembre-se: quando estou falando para entrar para a esquerda ou direita, estou me referindo ás pessoas que estão fazendo caminhadas (à pé). Outras modalidades, bikes por ex., favor observar as placas de sinalização de trânsito. Paralela à Rua Rebouças tem a Rua Carlos Gomes. Todas as duas passam pela rotatória. Assim que você chegar à rotatória, vire para a direita em uma pequena estrada vicinal de terra. Ai você já está no trajeto que fizemos, saindo da cidade.
Seguindo pela estrada, logo você vai passar perto da entrada do Sitio Belmonte. Este é só um referencial para você ter certeza que está no caminho certo e ficar mais tranquilo.
O caminho não tem grandes obstáculos, mas você tem que se preocupar com um detalhe: Brodowski esta a 860 m de altitude. Metade do caminho vai ser somente descida. Você sairá de 860 m e chegará, no final da descida, a 613 m. Tem um trecho do caminho que o declive é mais acentuado e está com muitas pedras. Desça bem devagar, passo a passo. Uma queda neste local pode te machucar e te tirar do caminho. Veja perfil de elevação no Google earth. Veja como utilizar o Google earth no endereço:
Mais ou menos 100 m à frente, após você passar por um tronco queimado - que tem a aparência de uma girafa -, você terá saído da zona de perigo das pedras roliças.
Passando pelo sítio, você atravessa uma ponte sobre um riacho. Ali, você que o progresso chegou logo à área rural. E você vê que as pessoas não sabem mesmo cuidar do lixo que produzem. Alguém simplesmente descartou três cadeiras, daquelas de fio de naylon. Chegou e jogou no riacho. Lamentável!!!!
A partir dali você já está caminhando no vale. Então tudo fica mais tranquilo. Somente preste atenção quando tiver andado mais ou menos 06 km: você vai passar por uma casa na beira da estrada. No Wikiloc marquei este ponto como “cachorro bravo”. Muito cuidado!! Realmente ali tem um cachorro muito bravo, segundo o proprietário. Não passe sozinho.
Durante nosso trajeto, vamos observando e fotografando tudo à nossa frente. Tem algumas fotos que revelam coisas inusitadas. Nas fotos abaixo, você vai ver a estratégia dos agricultores para acabar com os troncos que sobraram de árvores que, por qualquer motivo foram derrubadas. Pelo que deduzimos, colocam-se pneus velhos nos troncos e colocam fogo. O resultado é conforme abaixo.
Quando já havíamos andado 06,50 km - e por coincidência estarmos na menor altitude de nossa trilha (626m de altitude) - resolvemos parar sob uma árvore bem frondosa, em frente a um retiro, e ali tomar nosso lanche.
Depois do lanche, andamos mais ou menos 500 m e chegamos ao asfalto. A gente não gosta muito de asfalto, mas quando não tem jeito....
Já havíamos passado em outras três vezes por aquele lugar. E, sabemos que as casas das fazendas que a gente consegue ver do asfalto, algumas estão habitadas enquanto outras estão abandonadas.
Mas tem uma que a gente nunca havia prestado atenção. São ruínas do que parece ter sido uma construção importante na região. Depois vamos ver se a gente consegue saber o que foi à sua época.
Continuamos nossa caminhada pelo acostamento, que aliás é gramado. Isso é melhor do que caminhar no asfalto, por que esquenta menos os pés e cansa menos. Como a gente costuma observar bem as imediações para fotografar, vimos umas vacas com o chifre meio torto, o que leva a gente a tecer considerações de como aquilo poderia ter acontecido. Mas não chegamos a nenhuma conclusão. O mais provável é de que uma variação genética.
Enfim chegamos onde a gente queria tirar a dúvida. Estávamos de volta no início da subida que a gente, pela lembrança de 2008, achava que era muito difícil de conseguir fazer; e, pela lembrança de 2011, achava que era muito azarada.
Começamos a subir e já percebemos que ela não era tão difícil assim. Foi relativamente tranquilo. Talvez seja pelo fato de que a gente esteja mais bem condicionado agora, do que anos atrás.
Logo chegamos ao ponto onde a gente achava que tinha urucubaca. Observamos bem o local e fomos embora. Todos com a alma lavada. Quebramos a maldição!!!! E nem precisou de sal grosso.
Logo depois, chegamos ao final da subida nos perguntando por que a gente estava com tanto receio dela. Tudo foi muito tranquilo.
Saímos da Estrada Municipal Brodowski/Jardinópolis e entramos na cidade pela Rua Cap. João Pereira Ramos. Num certo momento, em frente ao Bar do Rubinho, o pessoal disse que estava com muita sede. Sentamos todos nas cadeiras do Bar e logo foram pedidas umas cervejas. Para mim o que mata a sede é água, mas esta turma confunde tudo......
Depois que o pessoal matou a sede, seguimos em frente. Fica fácil seguir porque existem setas indicando a direção do Museu. Fizemos ainda paradas interessantes: no coreto da praça,
Chegamos logo na praça Cândido Portinari e resolvemos almoçar no Restaurante Simone Rocha, que fica bem em frente à praça.
Logo depois do almoço, paramos um pouco em frente ao Museu, que como disse estava fechado para restauração. Ali, uma das pessoas encarregadas se aproximou de nós e nos mostrou o interior da Igreja Santo Antonio, dando esclarecimentos sobre a capela e a obra de Portinari dentro dela.
Não é permitido tirar fotos do interior da Igreja, mas vale pela visita e saber que está tudo muito bem conservado.
Até a próxima.
Sites úteis para este trecho:
Aplicativo Google Earth
Veja instruções em:
Museu Casa de Portinari
Site Brodowski
Para ver todas as fotos: Kátia, Renato e Ademir
Para instruções dos aplicativos:
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